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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Sylvia Orthof

BIOGRAFIA

Sylvia Orthof, uma das mais criativas escritoras de literatura infantil brasileira, nasceu no Rio de Janeiro em 3 de setembro de 1932. Fez cursos de mímica, desenho, pintura, arte dramática e teatro na Escola Educação pelo Teatro, em Paris.
Iniciou-se na área de dramaturgia infantil como autora de texto, diretora de espetáculos, pesquisadora e professora de teatro. Atuou em São Paulo, como atriz, no Teatro Brasileiro de Comédia e na TV Record. Anos depois, transferiu-se para Brasília, onde exerceu as atividades de professora de teatro na Universidade de Brasília e coordenadora do Teatro do Sesi.
Publicou seu primeiro livro infantil em 1981. Escreveu cerca de 120 títulos para crianças e jovens, entre contos, peças teatrais e poesias. Suas obras receberam importantes premiações. Faleceu em 24 de julho de 1997, em Petrópolis.

http://www2.ftd.com.br/v4/Biografia.cfm?aut_cod=804&tipo=A



MARIA VAI COM AS OUTRAS

Sylvia Orthof,

Era uma vez uma ovelha chamada Maria.
Onde as outras ovelhas iam, Maria ia também. As ovelhas iam pra baixo. Maria ia pra baixo. As ovelhas iam pra cima. Maria ia pra cima.
Maria ia sempre com as outras.
Um dia, todas as ovelhas resolveram comer salada de jiló. Maria detestava jiló. Mas, como todas as ovelhas comiam jiló, Maria comia também. Que horror!
Foi quando, de repente, Maria pensou: “Se eu não gosto de jiló, por que é que eu tenho que comer salada de jiló?”
Maria pensou, suspirou, mas continuou fazendo o que as outras faziam.
Até que as ovelhas resolveram pular do alto do Corcovado pra dentro da lagoa.
Todas as ovelhas pularam.
Pulava uma ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra, quebrava o pé e chorava: mé!
Pulava outra ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra, quebrava o pé e chorava: mé!
E assim quarenta e duas ovelhas pularam, quebraram o pé, chorando: mé! mé! mé!
Chegou a vez de Maria pular. Ela deu uma requebrada, entrou num restaurante e comeu uma feijoada.
Agora, mé, Maria vai para onde caminha o seu pé!

ORTHOF, Sylvia. Maria-vai-com-as-outras. São Paulo: Ática.




A BOLSA AMARELA
            Meu irmão chegou em casa com um embrulhão. Gritou da porta:
         – Pacote da tia Brunilda!
         Todo mundo correu, minha irmã falou:
         – Olha como vem coisa.
         Rebentaram o barbante, rasgaram o papel, tudo se espalhou na mesa. Aí foi aquela confusão:
         – O vestido vermelho é meu.
         – Ih, que colar bacana! Vai combinar com meu suéter.
         – Vê se veio alguma camisa do tio Júlio pra mim.
         – Que sapato alinhado, tá com jeito de ser meu número.
         Eu fico boba de ver como tia Brunilda compra roupa. Compra e enjoa. Enjoa de tudo: vestido, bolsa, sapato, blusa. Usa três, quatro vezes e pronto: enjoa. Outro dia eu perguntei:
         – Se ela enjoa tão depressa, pra que ela compra tanto? É pra poder enjoar mais?
         Ninguém me deu bola. Fiquei pensando no tio Júlio. Meu pai diz que ele dá um duro danado pra ganhar o dinheirão que ele ganha. Se eu fosse ele, eu ficava pra morrer de ver tia Brunilda gastar dinheiro numas coisas que ela enjoa logo. Mas ele não fica. Eu acho isso tão esquisito! Outra coisa um bocado esquisita é que se ele reclama, ela diz logo: “Vou arranjar um emprego”. Aí ele fala: “De jeito nenhum!” E dá mais dinheiro. Pra ela comprar mais. E pra continuar enjoando. Vou ver se um dia eu entendo essa jogada.
         Não parava de sair coisa do pacote. Minha mãe falou:
         – Que boazinha que é a Brunilda: sabe como a gente vive apertada e cada vez manda mais roupa.
BOJUNA, Lygia. A bolsa amarela. Rio de Janeiro: Agir, 1997



Fato
Tio Júlio dá um duro danado pra ganhar o dinheirão que ganha. Tia Brunilda gasta tudo.
Fato: acontecimento; algo que ocorre com certeza.
Fatos: ações que se sucedem no tempo, envolvendo pessoas ou personagens e espaço bem definidos.


Opinião
Eu acho muito esquisito.
Opinião: julgamento do fato; ideia ou posição sobre algo ou alguém.
Depende do ponto de vista.
Sobre um mesmo fato pode haver várias opiniões.


“Para que, efetivamente, entenda o que é opinião, o aluno precisa entender a quebra que há na ordem do narrar.”




LYGIA BOJUNGA
Biografia
Lygia Bojunga Nunes (Pelotas RS 1932). Autora de literatura infantil e juvenil. Passa sua primeira infância em uma fazenda. Aos 8 anos muda-se com a família para o Rio de Janeiro. Em 1951, torna-se atriz da Companhia de Teatro Os Artistas Unidos, viajando pelo interior do Brasil. Atua nesse momento, também, como atriz de rádio. Ao abandonar os palcos e as atividades que exercia, começa a escrever para o rádio e para a televisão. Em busca de uma vida mais integrada à natureza, refugia-se no interior do estado do Rio de Janeiro. Funda, acompanhada de seu segundo marido, o inglês Peter, uma escola rural para crianças carentes, a Toca, que dirige por cinco anos. Faz sua estréia literária em 1972, com o livro Os Colegas e, já em 1973, recebe o prêmio Jabuti. Em 1982, torna-se a primeira autora, fora do eixo Estados Unidos-Europa, a receber o Prêmio Hans Christian Andersen, uma das mais relevantes premiações concedidas aos gêneros infantil e juvenil. Nesse mesmo ano muda-se para Inglaterra, alternando entre esse país e Brasil. Em 1988, volta ao teatro, escrevendo e atuando em palcos no país e no exterior. Trabalha com edição e produção de livros, feitos de forma artesanal. Em 1996, publica Feito à Mão, uma realização alternativa à produção industrial, como indica o título, composta manualmente, com papel reciclado e fotocopiado. Em 2002, publica Retratos de Carolina, o primeiro livro da sua própria editora, a Casa Lygia Bojunga. Pelo conjunto de sua obra, em 2004, ganha o Astrid Lindgren Memorial Award, prêmio criado pelo governo da Suécia, jamais antes outorgado a um autor de literatura infantil e juvenil. Com esse incentivo, cria nesse mesmo ano a Fundação Cultural Lygia Bojunga com o intuito de desenvolver ações que aproximem o livro da população brasileira.
http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_lit/index.cfm




textos

 OUTROS TEXTOS E QUESTÕES SOBRE VARIAÇÃO LINGUÍSTICA



A árvore que falava

         Longe, muito longe... havia uma árvore que conhecia todos os segredos dos pássaros, dos leões, das girafas, das zebras e de muitos outros animais. É que ela escutava com todas as suas folhas.
         Até os homens vinham sentar-se debaixo dela no momento das grandes decisões. Infelizmente, os homens eram orgulhosos e arrogantes; matavam mais animais do que aqueles que precisavam para se alimentar. Matavam- se até uma aos outros. Por causa deles, a árvore ficou triste. Pela primeira vez, sentiu-se velha e cansada.

Adaptado de SPILLERS, Do. L'arbre qui parle. Toulouse. Milan Poche, 1999. Tradução e adaptação: http://humanizar.wordpress.com/

QUESTÃO 1
O tipo de linguagem do texto é
(A) falada entre colegas de sala de aula.
(B) utilizada no interior do Estado.
(C) usada por apresentadores de televisão.
(D) encontrada nos livros de histórias.






Xote ecológico
(A. Batista e L. Gonzaga)

Não posso respirar
Não posso mais nadar
A terra está morrendo
Não dá mais pra plantar
Mas se plantar não nasce
E se nascer não dá
Até pinga da boa
É difícil de encontrar
Cadê a flor que estava aqui?
Poluição comeu
O peixe que é do mar
Poluição comeu
O verde onde é que está?
Poluição comeu
Nem o Chico Mendes sobreviveu
http://letras.terra.com.br/luiz-gonzaga/295406/


QUESTÃO 2
O texto apresenta uma linguagem:
(A) formal.
(B) acadêmica.
(C) informal.
(D) científica.




Escola

         ̶ Rodrigo, trouxe os exercícios da semana passada?, perguntou a professora.
         ̶ Eu truce, mas o di onti eu num consegui...
         (...)
         ̶ E porque não conseguiu?
         ̶ Tive uns problema e num tinha quem me insinassi.

JOSÉ, Elias. Uma escola assim eu quero para mim. São Paulo, FTD, 1993.


QUESTÃO 3
O trecho “   ̶ Eu truce, mas o di onti eu num consegui... ”, representa uma linguagem:
(A) formal.
(B) informal.
(C) técnica
(D) científica.


O que fazer na prova de matemática?


Você pira na batatinha quando a professora anuncia: ''Crianças, estudaram para a prova de matemática?'' Você pira? Eu não!!!
Se você estudar para caramba antes da prova, vai dar tudo certo!
Observe: em vez de ficar louco, porque você não pega o caderno e dá uma revisada antes da prova?
E, em vez de ficar o dia todo grudado na TV ou no vídeo game, porque não estudar antes de brincar?
Eu utilizo esse método e pode ter certeza de que funciona! Experimente!
Adaptado de http://www.mingaudigital.com.br/article.php3?id_article=3270

QUESTÃO 4
O trecho  Você pira na batatinha” é um exemplo de linguagem:
(A) formal.
(B) informal.
(C) técnica
(D) regional.


http://www.meninomaluquinho.com.br/PaginaTirinha/PaginaAnterior.asp?da=08072009
QUESTÃO 5

O trecho “TÔ ENROLADA”, sublinhado no texto da tirinha, é marca de linguagem
(A) formal.
(B) regional.
(C) científica.
(D) informal.

O Natal

escrito na Bíblia que um anjo falou pra Maria que ela ia ter um bebê e que seu nome ia ser Jesus, filho de Deus. Depois de um tempo, a barriga de Maria ficou bem grandona.
, Maria e seu marido José foram pra Belém. Quando chegaram, não encontraram um quarto pra alugar e, coitadinhos, ficaram num lugar onde os bois e cabras dormiam. Foi quando Maria sentiu as dores do parto e Jesus nasceu. Ela pegou uns panos velhos para cobrir Jesus e colocou ele em um negócio onde os bois comiam, chamado manjedoura.
Os pastores, avisados por um anjo, foram correndo ver o bebê. Três reis magos, guiados por uma estrela, também foram e deram pra ele uns presentes bem legais.

Adaptado de AMORIM, Leny.(Org) Em Louvor ao Natal. Recife: Academia Pernambucana de Música, 1992


QUESTÃO 6
Os trechos “”; “bem grandona”; “”; “negócio” e “bem legais” indicam que a LINGUAGEM usada no texto é
(A) informal.
(B) formal.
(C) regional.
(D) científica.


CUITELINHO
(Canção de domínio público)

Cheguei na bêra do porto
Onde as ondas se espáia
As garça dá meia volta
E senta na bêra da praia
E o cuitelinho num gosta
Que o botão de rosa caia, ai, ai, ai
Aí quando eu vim de minha terra
Despedi da parentaia
Eu entrei no Mato Grosso
Dei em terras paraguaia
Lá tinha revolução
Enfrentei fortes bataia, ai, ai, ai
A tua sôdade corta
Como aço de navaia
O coração fica aflito
Bate uma, a outra faia
Os óio se enche d`água
Que até a vista se atrapaia, ai, ai, ai

http://letras.terra.com.br/renato-teixeira/298332/

QUESTÃO 7
Nesta linda canção, palavras como “bêra”; “se espáia”; “parentaia”; “bataia”,; “sôdade” e “Os óio” são exemplos de linguagem
(A) ensinada nas escolas e empregada nos tribunais.
(B) estudada nas gramáticas e nas aulas de matemática.
(C) encontrada nas bulas de remédio e nos jornais urbanos.
(D) falada todos os dias em algumas cidades do interior do Brasil.
(Fragmento)
Apara com esse namoro
Pedrinho Cavalléro
Passa pra dentro, pequena
Deixa da tua saliênça
Quem namora pelos canto
Tá lhe faltando decênça
O teu pai tá te chamando,
Cuida e passa pra cá,
Cria vergonha na cara,
Na peia tu vai entrá.

Tu vai entrá, na peia tu vai entrá
Apara com esse namoro, que só vai te fazer má,
Tu vai entrá, na peia tu vai entrá
Apara com esse namoro, que bom futuro não dá
(...)

http://vagalume.uol.com.br/pedrinho-cavallero/apara-com-esse-namoro.html

QUESTÃO 8
A letra da música acima apresenta uma LINGUAGEM mais característica de
(A) professores que ministram aulas em universidades.
(B) jovens que cresceram nas grandes cidades.
(C) pessoas humildes que cresceram no interior.
(D)cientistas que trabalham em estações espaciais.





Como dormem os animais

         A preguiça dorme mais de 18 horas por dia, sempre pendurada nos galhos das árvores e de costas para o chão. Seus braços são tão fortes que ela pode passar vários dias nessa posição. Mesmo em sono profundo, nunca cai graças às suas poderosas garras.
         Os peixes vão descansar no fundo das águas, geralmente de noite, onde ficam imóveis. Alguns até afundam na areia. Como eles não têm pálpebras, ficam de olhos abertos.
         Os flamingos dormem em pé, ora se equilibrando sobre uma perna, ora em outra.

Adaptado de Revista Recreio, nº 91. São Paulo: Abril, 6/12/2001.


QUESTÃO 9
O texto acima apresenta uma LINGUAGEM
(A) regional.
(B) informal. 
(C) formal.   
(D) científica




Hino à Bandeira Nacional
Letra: Olavo Bilac
Música: Francisco Braga

(Fragmento)

Salve, lindo pendão da esperança,
Salve, símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz.

Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
                       [...]
Sobre a imensa Nação Brasileira,
Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre, sagrada bandeira,
Pavilhão da Justiça e do Amor!

Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

http://www.brasilescola.com/historiab/hinobandeiranacional.htm


QUESTÃO 10
As palavras destacadas no texto indicam que a linguagem usada no Hino à Bandeira Nacional é

(A) regional.
(B) informal.
(C) formal.
(D) científica.


IMPORTANTE:

Para colaborar na leitura e interpretação do texto e de seu contexto e, assim, melhor perceber qual a variante linguística dominante no texto presente em cada questão, sugerimos que os professores solicitem aos seus alunos que respondam às seguintes  questões:

Qual é o assunto do texto?
R:_________________________________________________________________________

Qual é a finalidade do texto?
R:_________________________________________________________________________

Imagine em que situação de comunicação esse texto pode estar ocorrendo?
R:_________________________________________________________________________

Você conhece todas as palavras do texto? Isso impediu você de entendê-lo?
R:_________________________________________________________________________

Linguagem regional
MAPA DO BRASIL – POLÍTICO



VACA ESTRELA E BOI FUBÁ
Patativa do Assaré
(...)
Eu sou fio do nordeste,
Não nego meu naturá.
Mas uma seca medonha
Me tangeu de lá para cá.
Lá eu tinha o meu gadinho,
Não é bom nem imaginá.
Minha linda Vaca Estrela
E o meu belo Boi Fubá.
Quando eu era de tardezinha,
Eu começava a aboiá.
Ê, Vaca Estrela,
Ô, Boi Fubá.

(...)
Hoje nas terras do sul,
Longe do torrão natá,
Quando eu vejo em minha frente
Uma boiada passá,
As água corre dos’oio,
Começo logo a chorá,
Lembro minha vaca estrela
                                         E o meu lindo Boi Fubá
Com sodade do Nordeste
Dá vontade de aboiá.
Ê, Vaca Estrela,
Ô, Boi Fubá.

www.vagalume.com.br/fagner/vaca-estrela-e-boi-fuba.html

QUESTÕES:



1. O tipo de linguagem usada no texto “Vaca Estrela e Boi Fubá” é regional porque caracteriza uma região específica do país. Que região é esta?

R:






2. Quais as palavras do texto que embasaram esta conclusão?

R:



3. Elabore uma oração com as palavras típicas da região sul- estado do rio grande do sul (Se não conhecer o significado da palavra elabore as frases fazendo suposições)

[Tchê, barbaridade, pestiado, gaudério]


R:



4. Elabore uma oração com as palavras típicas da região norte- estado do pará - abaixo (Se não conhecer o significado da palavra elabore as frases fazendo suposições)

[Égua, paidégua, arriado, estribado]


R:



5. Reescreva o texto abaixo caracterizando-o com a linguagem regional paraense.

Outra do analista de Bagé

Um dia entrou um paciente novo no consultório.
Buenas, tchê saudou o analista. Se abanque no más.
O moço deitou no divã coberto com um pelego e o analista foi logo lhe alcançando a cuia com erva nova. O moço observou:
Cuia mais linda.
Côsa mui especial. Me deu meu primeiro paciente. O coronel Macedônio, Lá pras bandas de Lavra.

Luis Fernando Veríssimo. Outras do analista de Bagé. Porto alegre: L&PM, 1982



R:




A LINGUAGEM INFORMAL É UTILIZADA QUANDO SE BUSCA MAIOR INTIMIDADE COM NOSSO INTERLOCUTOR E NÃO HÁ GRANDES PREOCUPAÇÕES COM O USO DA LINGUAGEM PADRÃO. (Neste tipo de linguagem as gírias são muito utilizadas)

6. Complete o quadro de acordo com a sua experiência:


SITUAÇÃO EM QUE VOCÊ USA A LINGUAGEM INFORMAL
EXEMPLO DE FALA













A LINGUAGEM FORMAL É UTILIZADA EM SITUAÇÕES FORMAIS COMO DISCURSOS, PALESTRAS, SERMÕES, NOTÍCIAS, ETC. NESTE CASO, HÁ PREOCUPAÇÃO EM FALAR DE ACORDO COM A LINGUAGEM PADRÃO. VOCÊ JÁ VIVEU ESSA SITUAÇÃO ALGUMA VEZ? QUAL?